Gênero:Death Metal
Tema: Satanism, Anti-Christianity
Tema: Satanism, Anti-Christianity
Origem:Brazil (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro)
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O ano era 1992. Mês de Janeiro, para ser mais preciso. O que passava pelas nossas mentes (minha e de Alan Silva) era fazer um som com influências de Possessed, Death, Massacre, Celtic Frost, Bolt Thrower, Venom, Sodom, e uma postura blasfema de ícones nacionais como Sarcófago, Sextrash, Expulser, Loucyfer... enfim, bandas que idolatrávamos a alguns anos, porém, não tivemos como extravasar essa vontade em nossa passagem pelo oitentista Kripta, no ano anterior.
Agora era a hora de fazer o que sempre tivemos vontade, mas faltava o principal: um baterista para completar a formação. Esse elemento sempre foi escasso em nossa cena underground aqui do Rio de Janeiro. Felizmente, o problema foi sanado durante um show do Korzus e RDP no Circo Voador(ou seria Dorsal Atlântica e RDP? vai saber...) quando, durante uma conversa e algumas cervejas, surgiu Marcus Vinícius. Amante das mesmas bandas que eu e Alan e dono de uma técnica interessantemente auto-didata, permitiu uma afinidade imediata conosco, e assim foi fundada a primeira formação da banda. O nome surgiu de um texto em uma HQ Espada Selvagem de Conan(outra mania nossa). Fundado e batizado, o COLDBLOOD fez seu primeiro ensaio aproximadamente em Abril do mesmo ano. As composições tendiam para uma mescla do Death Metal com o Doom metal, alternando riffs rápidos e cortantes e outros mais cadenciados e empolgantes com partes lentas e tétricas, cavernosas e ultra-pesadas.
Shows. COLDBLOOD sempre foi uma banda dos palcos. Foi assim que sem termos sequer algum material gravado, começamos a nos apresentar. Decerto, por força da euforia e inconsequência próprias da idade, já que nossa faixa etária regulava entre os 16-17 anos. Foi adicionado um segundo guitarrista, Leandro Ferreira, oriundo de Juiz de Fora/MG, e que já possuía também alguma experiência em som extremo, tendo participado de bandas como Brutal Distortion e Necrodisseminator. Foi um período frutífero em termos de shows, e que ficou imortalizado através da gravação da demo k-7 "Terror Stench", no dia 03 de Setembro de 1992, no Estúdio Rótulo 3, bairro de Realengo, Rio de Janeiro. Em seguida à gravação, voltamos a ser um power-trio, ficando apenas Alan nas guitarras e vocais, Marcus na bateria e este que aqui vos conta esta história no baixo.
Mas toda história tem seus momentos infelizes. O ano de 1993 é caótico para o COLDBLOOD. Poucos shows, falta de dinheiro, nenhum retorno por parte das poucas gravadoras especializadas daépoca, e os problemas internos que começaram a surgir, culminando na saída de Alan por conta do chamado das Forças Armadas, e a baixa de Marcus Vinícius, logo após um show no Garage, aquele pequeno templo do underground carioca, que por tantas vezes foi pano de fundo para a saga do COLDBLOOD. Após algumas formações desencontradas e tentativas frustradas de retorno, chega o fim em janeiro de 1994.
Por 6 anos, cada um cuida da sua vida, sendo que Marcus e Alan criam o Bodhisattva, dando continuidade a suas carreiras, enquanto o baixista aqui se mantém na obscuridade. Isso foi até fins de 1999, quando em conversa com Alan, durante um treino de artes marciais, nossas idéias se encontraram novamente, e a proposta para o retorno foi feita a Marcus. Daí para os ensaios foi tudo muito rápido. Entretanto, a afinidade não era a mesma, e Marcus se foi novamente para cuidar de outros projetos. Foi recrutado para seu lugar Eduardo Henrique, o experiente baterista do Symbolic Immortality, e Gustavo Sazes(que mais tarde viria a formar o Stormfall) para a segunda guitarra. Mais um demo, dessa vez utilizando a tecnologia do cd, e um show, abrindo para os Reis do Death Metal mundial, Krisiun. O som agora abandonou as partes lentas, e assumiu ares de Death Metal rápido e brutal, mas com as indispensáveis influências oitentistas.
A seguir, Gustavo e Eduardo deixam a banda, que volta a ser um trio (marca registrada, aliás) e que passa a contar com a presença de Flávio Krom na administração das baquetas. Mais 2 shows, e Alan é obrigado a abandonar a embarcação por questões profissionais, assim como Flávio, que passa a morar no Paraná. Nesse momento, eu já havia me tornado Satanachia, baixista da horda de Black Metal Mysteriis, da qual Alan também fez parte como Veltis, e também acabou se vendo obrigado a abandonar.
Poderia parecer o fim, mas não foi. Após 3 anos, a fomação original é reunida novamente. Mais experientes, amadurecidos e certos de seus objetivos, Alan, Marcus e eu apostamos novamente na velha fórmula do Metal que nos maravilhou durante a adolescência, e fizemos a banda voltar à vida, mais agressiva, crú e bestial que nunca. Com o lançamento do EP "New Black God", COLDBLOOD retorna triunfante, empunhando a bandeira do Death Metal, pronto para entrar em combate e destroçar os pescoços e açoitar os tímpanos daqueles que ainda acreditam que apenas a morte é real!
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FORMAÇÃO ATUAL
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